terça-feira, 15 de maio de 2012

Mais que mil palavras



Palavras não há
Para te dizer
O quanto sinto por ti


Meus pensamentos e emoções 
Já lhe passam todas as mensagens
Você me inspira de tal forma
Que meu coração não resiste


Mãe, foi você que me ensinou a amar,
Que me ensinou a perdoar,
E a sentir tudo o que sinto por você.
Me mostrou as verdades da melhor maneira
E das mentiras me privou


Hoje é seu dia, 
Você merece tudo de bom.
Não tem presente maior
Que ter você como mãe.


Feliz dia das mães !!!

sábado, 12 de maio de 2012

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Mãe artista do amor



Nunca cursou artes, nem dramaturgia
mas sempre ensinou contos, músicas e poesias.
Mesmo não sendo médica nem psicanalista,
Muitas dores já aliviou.
Teu colo como divã alguém deitou e chorou, chorou...
Não aprendeu técnica vocal.
Muito menos opereta,
Mas já embalou sono,
Cantando "BOI DA CARA PRETA".
Nem sempre foste à escola,
Por causa da tua lida.
Mas ensinas com amor, o ABC da vida.
Não és cartomante, jamais fizeste magia.
Mas, sabes ler com o coração,
Uma tristeza e uma alegria.
Mãe, teu lar é o cenário
teus filhos são os fãs
Pois sabes sorrir chorando
No lamento e na dor.
E no palco da vida
Tu és a ARTISTA DO AMOR.



Carmem do Carmo da Silva Barreto

Canção das Mulheres


Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais. 

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta. 

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor. 

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso. 

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes. 

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais. 

Que o outro sinta quanto me dói a ideia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida. 

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize. 

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire. 

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso. 

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.


Lya Luft